Por Que Não Consigo Emagrecer Mesmo Comendo Pouco?

Entenda o que pode estar por trás da dificuldade de perder peso.

EMAGRECIMENTO

Dra. Isabela Vieira

5/4/20254 min read

Por que não consigo emagrecer mesmo comendo pouco?

Você já se pegou pensando: "Faço dieta, como pouco, me esforço... mas a balança não se mexe?" Essa é uma queixa muito comum no consultório, especialmente entre mulheres adultas, e a resposta para isso vai muito além de calorias ingeridas.

Emagrecer com saúde é um processo que envolve todo o funcionamento do seu corpo, incluindo hormônios, metabolismo, qualidade do sono, histórico de dietas restritivas, composição corporal, estado nutricional, entre outros fatores que nem sempre são percebidos.

Neste post, você vai entender por que, mesmo comendo pouco, muitas pessoas não conseguem emagrecer — e como a avaliação médica especializada pode ser a chave para destravar o seu processo de perda de peso.

1. Seu metabolismo pode estar mais lento do que deveria

Metabolismo lento é um dos principais obstáculos para o emagrecimento. Isso pode acontecer por diversos motivos, como:

  • Dietas muito restritivas feitas repetidamente ao longo da vida

  • Perda de massa muscular com o passar dos anos

  • Deficiências nutricionais (como ferro, zinco, vitamina D e B12)

  • Baixa ingestão proteica

  • Sedentarismo

  • Problemas na tireoide

Como o médico nutrólogo pode ajudar: Avaliamos seus hábitos alimentares e de vida e sua composição corporal (massa magra e gordura). Também podemos solicitar exames (de sangue, genéticos, de tolerância alimentar e calorimetria indireta - para avaliar seu gasto energético) para entender melhor o que está comprometendo seu metabolismo. O objetivo é ajustar o plano alimentar e, se necessário, suplementar ou medicar de forma estratégica.

2. Alterações hormonais dificultam a perda de peso

Desequilíbrios hormonais são uma causa silenciosa — e muito comum — da dificuldade para emagrecer, mesmo comendo pouco. Alguns exemplos:

  • Resistência à insulina (dificulta o uso da glicose como energia e favorece o acúmulo de gordura abdominal)

  • Cortisol elevado (o hormônio do estresse, quando em excesso, aumenta a fome e a gordura visceral)

  • Desequilíbrios nos hormônios sexuais (como estrogênio, progesterona e testosterona)

  • Hipotireoidismo (que reduz o gasto metabólico basal)

O médico nutrólogo tem formação para identificar essas alterações, muitas vezes sutis, por meio de exames laboratoriais e da avaliação clínica aprofundada. Isso permite um plano de emagrecimento eficaz, personalizado e seguro.

3. A inflamação crônica silenciosa pode estar atrapalhando

Você sabia que mesmo pessoas magras podem ter o corpo inflamado? E que esse tipo de inflamação dificulta a resposta ao exercício físico e à alimentação saudável?

A inflamação crônica de baixo grau pode estar associada a:

  • Alimentação ultraprocessada e pobre em antioxidantes

  • Estresse constante

  • Alterações na microbiota intestinal

  • Privação de sono

  • Uso de álcool e tabagismo (incluindo cigarro eletrônico)

Com isso, o corpo fica em um estado de alerta, resistindo à queima de gordura, mesmo com ingestão calórica reduzida.

4. A composição corporal importa mais do que o peso na balança

Mesmo “pesando pouco”, você pode ter um percentual de gordura elevado. Isso acontece quando há perda de massa magra, o que ocorre frequentemente em pessoas sedentárias, dietas restritivas sem orientação e efeito sanfona frequente durante a vida.

Esse quadro é chamado de obesidade sarcopênica e pode causar:

  • Metabolismo lento

  • Fadiga

  • Maior risco de doenças metabólicas (pré-diabetes, diabetes, pressão alta, gordura no fígado, colesterol e triglicerídeos elevados)

  • Dificuldade em manter o peso perdido

No consultório, utilizamos bioimpedância, dinamometria e antropometria para avaliar composição e funcionalidade corporal de forma precisa — o que permite montar um plano alimentar e de atividade física para preservar ou aumentar a massa muscular durante o emagrecimento.

5. Medicamentos podem ajudar — mas só com acompanhamento médico

Nos últimos anos, o uso de medicamentos injetáveis, os análogos de GLP-1 e GIP (conhecidos como "canetas emagrecedoras"), ganhou destaque no tratamento da obesidade e do diabetes. Essas medicações agem:

  • Reduzindo o apetite

  • Aumentando a saciedade

  • Melhorando a resistência à insulina

  • Ajudando no controle do peso de forma gradual e eficaz

Porém, elas não são indicadas para todos os pacientes e devem sempre ser acompanhadas por um médico, que avaliará o histórico de saúde, os exames laboratoriais e os objetivos de cada pessoa.

O uso indiscriminado pode levar a efeitos colaterais como náuseas, constipação, desidratação, perda excessiva de massa magra e até complicações digestivas.

Então, por que mesmo comendo pouco eu não emagreço?

Porque emagrecer é muito mais do que ingerir menos calorias. Envolve entender o funcionamento do seu corpo, identificar o que está impedindo o processo natural de queima de gordura, corrigir desequilíbrios e desenvolver um plano de ação individualizado e sustentável.

O que fazer agora?

Se você sente que está se esforçando, mas não vê resultados, o ideal é agendar uma consulta. Como médica Nutróloga, posso te ajudar com:

  • Avaliação clínica completa e exames específicos

  • Diagnóstico das causas do ganho de peso

  • Elaboração de protocolos personalizados de emagrecimento

  • Prescrição segura de medicamentos, quando necessário

  • Acompanhamento contínuo para resultados duradouros

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Emagrecer com saúde é possível! E o primeiro passo pode começar hoje. Agende sua consulta presencial ou online com a Dra. Isabela Vieira, Médica Nutróloga em Sorocaba, e inicie o cuidado que seu corpo merece!