Emagrecimento na Menopausa

Porque fica mais difícil e o que fazer

NUTROLOGIA DA MULHER

Dra. Isabela Vieira

5/14/20254 min read

Emagrecimento na menopausa: por que fica mais difícil e o que fazer

Você já percebeu que, depois dos 40 ou 50 anos, emagrecer parece uma missão impossível? Mesmo com dieta e exercícios, o peso não baixa, a barriga aumenta e o corpo parece não responder como antes? Se você está passando por isso, saiba que não está sozinha — e há explicações (e soluções) para isso.

Neste post, você vai entender por que o emagrecimento fica mais difícil na menopausa e o que pode ser feito, de forma natural e eficaz, para recuperar sua saúde, sua leveza e seu bem-estar.

O que muda no corpo da mulher na menopausa?

A menopausa é a data da última menstruação da mulher. Mas a transição começa antes: é o climatério ou perimenopausa, período que marca o final da fase reprodutiva da mulher — geralmente entre os 45 e 55 anos, fase em que os hormônios começam a oscilar e alguns sintomas (como fogachos) podem aparecer.

As principais mudanças deste período são:

Queda dos níveis de estrogênio e progesterona
Aumento relativo do cortisol (hormônio do estresse)
Redução da sensibilidade à insulina
Diminuição da massa muscular
Desaceleração do metabolismo

Tudo isso interfere diretamente na dificuldade de perder peso — e no aumento da gordura abdominal, que se torna mais comum nessa fase.

Por que fica mais difícil emagrecer na menopausa?

1. Metabolismo mais lento:

Com a perda de massa muscular e a redução hormonal, o corpo gasta menos energia em repouso. Ou seja: você pode comer igual, mas acaba acumulando mais gordura.

2. Alterações na composição corporal:

Devido à queda dos hormônios femininos, há maior tendência ao acúmulo de gordura abdominal e à perda de tônus muscular, o que afeta o metabolismo e a estética.

3. Resistência à insulina:

A queda do estrogênio pode aumentar a resistência à insulina, dificultando o controle da glicemia e favorecendo o acúmulo de gordura.

4. Mais fome, menos saciedade

Alterações hormonais podem aumentar o apetite, especialmente por doces e carboidratos — além de reduzir a saciedade.

5. Sono ruim e estresse elevado

Ondas de calor, ansiedade e insônia são frequentes na menopausa — e tudo isso afeta o cortisol, um hormônio que sabota o emagrecimento.

O que fazer para emagrecer na menopausa?

A boa notícia é que emagrecer na menopausa é possível sim — desde que a abordagem seja personalizada e integrada. Veja o que funciona de verdade:

1. Alimentação anti-inflamatória e inteligente:

Evite dietas radicais ou restritivas. Faça refeições regulares e bem distribuídas ajuda a controlar o apetite e estabilizar a glicemia. O ideal é focar em:

Proteínas magras em todas as refeições (ovos, peixe, frango, leguminosas);
Vegetais variados e em grande quantidade;
Gorduras boas (azeite, abacate, oleaginosas, sementes);
Carboidratos complexos e integrais, de forma equilibrada;
Reduza ao máximo açúcar, farinhas refinadas e ultraprocessados.

2. Suporte à saúde hormonal:

A avaliação médica é essencial para verificar níveis de estrogênio, progesterona, testosterona, TSH, vitamina D, B12, ferritina, entre outros. Com base nisso, pode-se indicar estratégias como:

Reposição hormonal (se indicada)
Fitoterápicos e suplementos
Alimentos que equilibram os hormônios naturalmente

3. Treino de força é prioridade:

A musculação é a atividade mais importante após os 40 anos. Ela ajuda a manter e recuperar massa muscular, acelera o metabolismo e melhora a composição corporal. Combine com caminhadas ou outro exercício aeróbico para melhores resultados.

4. Cuide do sono e do estresse:

O corpo só emagrece em equilíbrio. Priorize a rotina de sono consistente. Tenha um ritual relaxante antes de dormir e atividades que reduzam o estresse (respiração, meditação, natureza, hobbies).

5. Acompanhamento médico:

Na menopausa, o corpo responde de forma diferente. Por isso, o plano alimentar e de suplementação precisa ser feito sob medida para você — com foco em resultados reais e sustentáveis.

Conclusão

Emagrecer na menopausa é desafiador — mas está longe de ser impossível. Com um olhar individualizado, mudanças conscientes e estratégias corretas, você pode: